Estudo a pouco tempo cerca de 1 ano e, a mais ou menos dois meses, li um pouco a respeito sobre a Magia do Caos. Entrei em um grupo no facebook, como sempre faço sempre que começo a pesquisar determinado assunto, pra ir tirando dúvidas.
No grupo que entrei, algo que me chamou muito a atenção foi o fato de vez ou outra, alguém postar dizendo que criou um servidor e outras pessoas começarem a usa-lo quase que imediatamente(como assim afirmavam nos comentários). Fiquei apenas observando e sem tirar conclusões, tão pouco me utilizei do servidor de alguém pois pra mim soou muito estranho: Doar sua energia para um servidor de uma pessoa que você não conhece, onde ela afirma que ele tem determinado propósito(e quem garante que tenha esse que ela diz?)
Esse post não é fazendo um juízo de valor, como eu disse, recentemente comecei a estudar, além disso, gosto de brincar que a desconfiança é algo natural em todo paulista. Quero saber daqueles que já trabalham com essa vertente o que acham dessa prática e como a compreendem.
Boa noite,
Sei que o post já é um pouco velho (2018), mas seus questionamentos são muito interessantes. Me parece que a relação que se estabelece com o servidor está atrelada ao contrato, e o “uso” que se faz do servidor também. Creio que isso garante certa tranquilidade no que diz respeito a legitimidade do propósito. E imagino também que o uso imediato de um servidor, sem a devida reflexão sobre seu propósito, pode enfraquecer muito a efetividade do que se pretende realizar como intenção magica; criar um servidor, ou mesmo efetivar adequadamente um contrato já é uma tarefa importante a ser realizada como parte da intenção mágica. Me parece que é a velha situação de sempre, há os que se aprofundam nas práticas por que buscam o conhecimento, este me parece ser o caminho mais correto; mas também há os que apenas buscam momentaneamente satisfazer alguma demanda, e se valem das práticas mágicas para tentar alcançar o que buscam, não tem rotina de estudo ou mesmo compromisso com estas práticas. Este segundo uso, mais superficial, também me parece ser o mais ineficaz, pois não se vale do acumulo de experiência, de pesquisa, de energia, seja lá p nome que daremos a isso. Além disso, muitas vezes, paga-se um preço mais alto por um resultado insatisfatório, simplesmente pela pressa em alcançar o suposto resultado. Mas, pensando por outro lado, também considero a questão do uso dos servidores carrega consigo algo de paradoxal, pois, se a minha relação com um servidor é ativada por um contrato, em que medida, esse contrato não está, de alguma forma, criando novamente esse servidor? As características fundamentais são mantidas pelo aspecto formal básico enunciado no contrato, mas, e a minha gnose empenhada nisso? O que estou querendo dizer pode ser pensado a partir do seguinte: O quadrado é uma figura geométrica de lados e ângulos iguais, esse é o “contrato” fundamental com o qual você “cria” o quadrado na sua mente. Este quadrado que você imaginou é seu, por que só você tem acesso a ele em seu intelecto, mas ele também é público, pois qualquer um que conheça sua regra pode criar um para si, que seria o mesmo, porém formalmente individualizado conforme seu propósito. Me parece que os servidores estejam diretamente relacionados aos aspectos formais que norteiam suas atividades, isso faz com que a objetividade do contrato que os ativa possa ser considerada sem prejuízo para a subjetividade do indivíduo que executa a ativação do contrato.
Espero ter sido claro. Considero este tema uma grande fonte para discussão.
Abraço.
em magia sempre deve se desconfiar até dos livros que se lê, como também do que as pessoas afirmam.