[Papo Transformador] [2 - A Comunhão] [Tarô da Transformação]
Oi meus amores! Tudo bem?
Hoje é texto de n°. 02 de 60 da série reflexiva que quero deixar aqui, baseada no Tarô da Transformação. Texto que não impõe, não critica, apenas dialoga com vocês, da forma como isto ressoar em vocês. E se conseguir criar um ponto de conexão, de relaxamento, de contemplação ou mesmo de transformação, cumpri meu objetivo.
Hoje, refletiremos sobre aspectos da comunhão e das mensagens que chegam para um magista pelo mundo. Diz o tarô:
"O ser humano vive como se fosse uma ilha e é daí que vem todo o sofrimento. Faz séculos que o ser humano está tentando viver independentemente da existência - e isto não é possível, pela própria natureza das coisas. O ser humano não pode ser dependente nem independente. A existência é um estado de interdependência: uma coisa depende da outra. Não existe, portanto, uma hierarquia, ninguém é inferior ou superior. A existência é uma comunhão e um eterno caso de amor com os outros. Mas a ideia de que o ser humano tem que ser superior, especial, só cria confusão. O ser humano não tem que ser coisa alguma! Ele tem que se dissolver na totalidade das coisas. E, quando vencemos todas as barreiras, a comunhão acontece e a comunhão é uma bênção. Estar em comunhão com o todo é tudo. Esse é o próprio cerne da religiosidade." (Osho, 2019: 26)
Aqui, podemos refletir sobre os aspectos múltiplos e complexos da nossa experiência humana na Terra. Se, por um lado, devemos buscar o nosso melhor e fazer o melhor uso posssível das nossas forças e potências individuais, buscando, neste sentindo, sermos independentes, por outro lado, precisamos de quem está ao nosso redor para completar aquilo que não sabemos. Dentro do aspecto que diz respeito à nossa individualidade e independência, precisamos, para sermos mais completos, entender que a vida nem sempre será como desejamos.
A vida se movimenta e é o movimento da vida que estimula nosso andar para frente. Em último caso, a própria ideia da fragilidade e fugacidade da vida - a verdade final e inexorável a todo ser humano que é a própria morte - faz com que nos movamos na direção de termos a melhor vida possível. A vida, portanto, acontece de forma que nem sempre a gente deseja. Se a vida fosse sempre o que a gente desejasse, não haveria o inesperado, a surpresa, a inovação, o aprendizado e a quebra de paradigmas que movem o nosso pensamento. E fechados dentro do nosso mundo, da nossa bolha, do nosso pensamento ortodoxo, dificilmente descobriríamos uma verdade maior e, portanto, uma comunhão maior com o todo. E esta é uma descoberta que acontece vivendo.
"A existência só pode ser vivida, não pensada. Ela é mais como a poesia e menos como a filosofia. É um sinal, uma porta. Ela mostra, mas não diz nada. Não há como abordar a existência por meio da mente. Se você pensar a respeito dela, pode viver a vida toda pensando, pensando, pensando, sem nunca atingí-la, pois é justamente o pensamento que é a barreira. O pensamento é um mundo particular que pertence a você, por isso, você está enclausurado, encapsulado, aprisionado dentro de si mesmo". (Idem: 27)
E é por isso que buscamos, como magistas, a gnose para nossos rituais. E é por isso que nós, que temos vidência e trabalhamos com ela, muitas vezes recebemos mensagens codificadas, símbolos, e é por isso que a mensagem nunca chega limpa, direta e objetiva para a gente. Pois o mundo espiritual se comunica conosco de forma não-verbal, não analítica, que demanda que a gente se abra para que a comunicação flua para dentro da gente.
E é por isso que é tão importante ouvir. Ouvir o que as pessoas dizem para a gente. Ouvir o que as plantas dizem para a gente. Ouvir o que um rio diz para a gente. O que uma árvore diz para a gente. O que um anoitecer diz para a gente. O que nosso bichinho de estimação diz para a gente. Ouvir o que nossas divindades dizem para a gente. Ouvir o que nossos guias e mentores espirituais dizem para a gente. Ouvir o que nossos mestres dizem para a gente.
E por isso também é importante nivelarmos nossa capacidade empática de sermos cunhão com aquilo que ouvimos. Ao ouvir uma criança, se coloque no nível dela, abaixe, faça contato visual, seja uma criança. Ao ouvir um rio, seja um rio. Ao ouvir um animal, seja um animal. Seja comunhão com aquilo que se está ouvindo.
O mago precisa aprender a buscar seu não pensamento para entender. E precisa buscar a comunhão empática de ouvir o que é diferente da gente para crescer.
Fica a pergunta: você está conseguindo ser comunhão com sua família, sua casa, seus amigos, seu corpo, sua vida? E se não estiver, o que precisa mudar? Talvez estas reflexões guiem suas metas e auxiliem você a encontrar um novo caminho.
Bibliografia:
Osho (2019) Osho: tarô da transformação. SP: Cultrix.
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Para quem quiser uma consulta de tarô comigo, só enviar inbox que explico tudinho!
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***** Ressalto aqui que não estou fazendo apologia a figura de Osho, extremamente polêmica e controversa, com vários relatos de abusos e fraudes registrados nos noticiários. Ressalto que esta série de textos que estou produzindo com base no Tarô da Transformação não se propõe a dar aula de Budismo, ou de Tao, ou de qualquer linha que seja, sendo apenas um gancho para estudarmos este oráculo e refletir sobre nossa própria vida, trazendo este contexto para a prática do magista. Ressalto, finalmente, que estou me atendo unicamente à mancia criada, chamada de Tarô da Transformação, que é sim um instrumento incrível de reflexão, tirando dele o que podemos e transformando seu contexto em algo saudável aqui para vocês, afastando-o de quem emprestou seu nome ao mesmo. Ficamos com o que foi bom, o que possui algum valor. O resto, por favor, descartem. Que seja um instrumento de transformação pessoal, sim, porém consciente de que a pessoa que emprestou seu nome à mancia não merece, portanto, nossa admiração.
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Amo vocês!
Beijos do Tio Pi